O presente trabalho apresenta uma análise das formas de participação das crianças em contextos educativos de educação infantil. Isso é feito a partir de um estudo de caso, com observação participante, numa escola municipal de educação infantil do alto sertão alagoano, com crianças na faixa etária dos quatro a cinco anos de idade. O interesse em pesquisar a participação das crianças no contexto da educação infantil partiu da necessidade de compreender o papel que essas ocupam, como sujeitos sociais de direitos próprios, nas práticas pedagógicas estabelecidas pelos docentes. Consideramos, então, no presente trabalho o conhecimento acadêmico-científico dos estudos da infância e sua afirmação de que, para uma educação inclusiva que comporte as singularidades dos sujeitos que dela participam, é necessário garantir a participação ativa das crianças – um importante elemento para o desenvolvimento da cidadania. Para tal, é oportuno impulsionar o debate acerca da relevância do estabelecimento de ambientes pedagógicos participativos que promovam espaços de discussão, negociação e a formulação de repertórios de ação para as crianças. Em consequência, uma criança que participa, em qualquer nível, se sente mais facilmente pertencente àquele espaço, produzindo assim uma vivência que faz mais sentindo para ela, desenvolvendo sua autonomia, autoestima e habilidades sociais.