Este trabalho procura investigar um dos aspectos da difícil realidade educacional: o ensino da Matemática. Dessa forma, elencamos como aporte teórico a concepção histórico-cultural, que concebe o ser humano como ser único, formado de razão e emoção, além de ser cultural, essencialmente instituído nas e pelas relações sociais, as quais são intercedidas por símbolos. Portanto, esse processo de apropriação do conhecimento pelos estudantes é mediado, tendo como principal agente mediador o educador. Apesar disso, as relações estabelecidas entre educador e educando, não possuem exclusivamente caráter cognitivo, mas, também, forte elemento afetivo. Assim, essa dimensão pode causar movimentos em dupla direção: positivo, quando colabora para a aproximação do estudante com o saber, mas também, sendo negativo, produzindo um movimento de afastamento ao conhecimento. Esta pesquisa se caracteriza como bibliográfica, já que conversaremos sobre a temática com base nos estudos de Freire (1996); (1987) que aponta a respeito da importância do diálogo, bem como de uma pedagogia mais autônoma e Marchand (1985) que discorre no que tange a afetividade do professor, e DIAS & ROSIN (2012) que assinala que a afetividade é imprescindível para a apreensão do conhecimento; e por último, Gómez-Chácon (2003), que aborda a respeito do importante papel que o domínio afetivo desempenha na aprendizagem da Matemática. Compreendemos que a conexão formada a partir das relações entre o professor e estudante ergue um alicerce benéfico no que diz respeito à formação intelectual, social, emotiva do discente. Até porque, sem a existência desse vínculo o processo de ensino e aprendizagem apresenta uma lacuna, principalmente, quando falta a afetividade na relação. Esperamos que este estudo contribua para a compreensão da importância da afetividade para relação mais saudável entre estudante e professor no ensino médio da escola pública, levando a uma prática pedagógica mais humanizada, haja vista, percebermos o quanto a aprendizagem se torna mais significativa quando existe afetividade na relação existente entre docente e discente.