Uma das grandes tensões em relação ao ensino de Filosofia se dá no momento em que esta é pensada no contexto da configuração de um sistema educacional voltado para atender as massas. Nesse sentido, nosso trabalho tem como objetivo geral discutir os conflitos e tensões que envolveram a reinserção da Filosofia do currículo escolar da educação básica no Brasil, percebendo de que modo tal disciplina contribui no processo formativo dos estudantes do ensino médio no nosso país. Como embasamento teórico utilizamos como aporte a discussão sobre o Ensino de Filosofia em Silveira e Goto(2007) e todo o contexto histórico de ausência/presença desta no contexto educacional brasileiro. Como percurso metodológico, usamo-nos de uma metodologia qualitativa, bibliográfica sobre o ensino de Filosofia articulando-a a toda a discussão histórica da Filosofia como disciplina nos contextos educativos. Os resultados e discussões nos permitiram observar que a história da Filosofia como disciplina no currículo da educação básica brasileira é permeada por tensões e conflitos marcadas pela ausência-presença, bem como a necessidade de uma releitura minuciosa sobre os principais documentos oficiais que regulamentam a educação nacional, possibilitando assim uma análise sobre as razões que levaram ao retorno da Filosofia como disciplina. Por fim, destaca-se a importância do saber filosófico no processo formativo de estudantes jovens na educação básica e a necessidade busca de reafirmação desta disciplina nos ambientes escolarizados da educação básica no Brasil.
Palavras Chaves: Ensino de Filosofia, Educação Básica, Currículo.