A educação prisional pode ser compreendida como uma dimensão do direito à educação. Nessa perspectiva, apesar de diferentes discussões na literatura, há, ainda, muito a discutir sobre direito à educação para grupos que parecem estar à margem da sociedade, como é o caso da educação prisional com os sujeitos privados de liberdade. Este trabalho objetivou analisar o movimento ao longo da história, de como o direito à educação foi construído e entendido, com os variados eventos e normatizações que influenciaram na realidade presente, sustentando e garantindo à educação aos indivíduos privados de liberdade. Com esse proposito, trazemos alguns apontamentos de professores de Educação Física atuantes em escolas prisionais com relação à temática. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, utilizando como instrumento para a coleta de dados entrevista semiestruturada, questionário e caderno de campo. Esta investigação foi desenvolvida com três professores de Educação Física atuantes em escolas prisionais das cidades de Mariana, Ouro Preto e Ponte Nova, no Estado de Minas Gerais. Os resultados nos revelam que a educação prisional encontra, ainda, diversos problemas relacionados a recursos financeiros, infraestrutura, apoio ao professor em sua prática profissional, além de restrições variadas quanto a conteúdos e ao uso de materiais pedagógicos. No que concerne à Educação Física, se tem um agravante, devido a essas aulas acontecerem somente dentro de sala de aula e sem praticas corporais. O estudo mostrou ainda diversas regulamentações que buscam assegurar a oferta e garantia do direito à educação prisional, contudo, ainda convive-se com diferentes impasses para efetivação desse direito.