O livro de imagem, que também é conhecido como livro sem palavra, tem ganhado espaço nas atividades de mediação de leitura, não só pela sua característica de material que tende a ser lido por quem ainda não sabe ler, mas também pela diversidade de títulos, o que já o configura como um gênero da literatura indicada para crianças. Considerem-se as possibilidades de diálogo que as imagens, sem acompanhamento de texto escrito, oferecem em atividades de mediação de leitura. Esta observação recai, neste artigo, especialmente, no que concerne ao desenvolvimento da capacidade de expressão oral e das investidas que se podem realizar na arte de contar histórias. O recorte da pesquisa aqui apresentado refere-se a leituras de livros de imagens por estudantes de pedagogia, em atividades leitoras que visam à formação de mediadores de leitura, incluindo, nessa proposta, a abordagem de livros de imagem. Favorecendo a leitura desses suportes textuais, analisam-se também possíveis dificuldades que esses adultos, participantes da pesquisa, apresentam ao se defrontarem com essa leitura imagética. Essa discussão amplia-se, no que concerne às formas de mediação de leitura realizadas, focando, principalmente, nas artes de contar histórias, incentivando os leitores a criarem discursos narrativos sugeridos pela sucessões imagéticas que compõem os livros de imagem. Essa parte da pesquisa, sistematizada no artigo em questão, apoia-se em estudos de autores como Hunt (2010), Sisto (2015), Nikolajeva e Scott (2011), Girardello (2004) e Zumthor (1997).