MELO, Joaz Silva De. Letramento literário: um exercício que pode ser fantástico. Anais VII ENLIJE... Campina Grande: Realize Editora, 2018. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/45368>. Acesso em: 23/12/2024 03:54
O presente trabalho foi desenvolvido a partir de uma visão crítica desenvolvida nas observações efetuadas durante o período de Estágio Supervisionado II, assistindo às aulas de literatura de uma escola pública de ensino fundamental do município de Mamanguape, Paraíba. A partir do trato incipiente que se constatou na observação; do que se encontra na pesquisa Retratos de Leitura no Brasil (2015), que indica níveis baixos, principalmente no nordeste; e dos estudos sobre os problemas no ensino de literatura no Brasil; objetivamos para este artigo, a elaboração de uma sequência didática eficaz que trabalhe a literatura de forma consistente e atraente aos alunos. Para isso, elaboramos um projeto de intervenção para os anos finais do ensino fundamental que trabalha com o gênero Fantástico, estudado pelo crítico Todorov (2008). Dentro desse domínio, escolhemos três contos: Flor, Telefone, moça, de Carlos Drummond de Andrade; Formigas, de Lygia Fagundes Telles; e A podridão viva, de Amândio Sobral. Os passos estão baseados na sequência básica de Rildo Cosson (2016), a saber: motivação, apresentação, leitura e interpretação. Concluída a pesquisa, almejamos que iniciativas como esta, que privilegiem a leitura do texto literário e não minimizem a sua capacidade de fruição, contribuam para uma possível melhoria do atual momento vivido pelo ensino de literatura em nosso país. Nossos estudos foram baseados em Antonio Candido (2008), Rildo Cosson (2016), sobre as potencialidades do texto literário para a formação do indivíduo; Saraiva (2006), Regina Zilberman (2003) sobre o momento do ensino de literatura e, por fim, Tzvetan Todorov (2008) e David Roas (2014) sobre as características do texto fantástico.