Artigo Anais VII ENLIJE

ANAIS de Evento

ISSN: 2317-0670

É PROIBIDO MIAR, DE PEDRO BANDEIRA: UMA ANÁLISE DAS REPRESENTAÇÕES DE GÊNERO E SEXUALIDADE NA LITERATURA INFANTIL

Palavra-chaves: LITERATURA INFANTIL, GÊNERO, DIVERSIDADE, SEXUALIDADE, SEXUALIDADE Comunicação Oral (CO) GT 12: Literatura e estudos de Gênero: reflexões de (e para) a sala de aula
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Publicado em 29 de agosto de 2018

Resumo

A representatividade da diversidade de gênero e sexualidade na literatura infantil tem sido alvo de duras críticas em nossa sociedade atual, muito embora seja ainda escassa a utilização dessas obras em sala de aula. A literatura infantil, como objeto instigador de discussões e reflexões acerca de temas sociais pautados na igualdade e no respeito ao diferente, que visam contribuir para a construção moral e ética do sujeito, tem tido sua posição em sala de aula posta à prova, num jogo de conflitos entre termos educacionais mal compreendidos. Entre essas obras da literatura infantil com temática voltada à diversidade está o livro de Pedro Bandeira: É proibido miar (2002). No livro, conhecemos Bingo, um cachorrinho que foge aos padrões de masculinidade canina e tem sua vida colocada em perigo por causa do preconceito e da intolerância. Neste artigo, nos propomos a analisar a construção das representações de gênero e sexualidade na obra em questão, compreendendo suas contribuições para o ensino da diversidade sexual e de gênero no contexto escolar, tendo como aporte teórico as discussões de Florence (2013), Foucaut (2010), Lajolo (2008), entre outros. Verificamos como a representatividade na literatura infantil contribui para a compreensão da diversidade, da individualidade e do respeito, colaborando para a não naturalização de estereótipos e preconceitos de gênero e sexualidade. Discutimos, por fim, a importância da utilização dessa literatura em sala de aula, frente as novas e constantes tentativas de restrições à liberdade de ser e de viver, especialmente das pessoas que fogem à norma de comportamento padrão, e à educação libertadora, com vistas a criar um sujeito crítico e atuante na luta por uma sociedade mais justa e igualitária.

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