Artigo Anais VII ENLIJE

ANAIS de Evento

ISSN: 2317-0670

FANFICTIONS: A (CO)CRIAÇÃO LITERÁRIA DA HIPERMÍDIA NAS INVESTIGAÇÕES BRASILEIRAS

Palavra-chaves: FANFICTION, CIBERCULTURA, FORMAÇÃO DO LEITOR Comunicação Oral (CO) GT 02: Literatura Infantil e Juvenil em tempos de web, sites, e-book, app books e afins
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Publicado em 29 de agosto de 2018

Resumo

Neste trabalho analisamos a partir da revisão na produção científica acadêmica no âmbito das pesquisas disponíveis na Biblioteca Nacional de Teses e Dissertações (BNTD) e do Portal CAPES os trabalhos publicados em nível de pós-graduação nas áreas de Estudos da Linguagem e Educação com a temática “fanfiction” – modalidade literária hospedada regularmente no contexto da cibercultura, valendo-se da colaboração e exploração concedidas pela hipermídia, onde leitores postam-se responsivamente ativos face aos livros literários de seu interesse produzindo seu próprio tipo de literatura, estabelecendo com o texto inicial um vínculo co-autoral. Dada essa habilidade discursiva e responsiva às obras literária que vislumbramos no empenho envolvido com as fanfictions, objetivamos extrair do nosso corpus - trabalhos hospedados nas plataformas mencionadas acima - o caráter formativo para a criança e o jovem leitor de literatura. Para analisar os enfoques das pesquisas observadas lançamos mão da análise de conteúdo (BARDIN, 2011) para organizar e avaliar categorias temáticas que aproximavam ou distanciavam a afinidade do trabalho com o fator formação de leitores. Para discutir a respeito dos trabalhos abordados, nos valemos dos escritos de Amarilha (2013); Bakhtin (2011; 2016); Culler (1999); Lajolo e Zilberman (2009), Neves (2014), Rojo (2012; 2013) Santaella (2007; 2013) e Souza (2013) para alicerçar a discussão sobre a formação de leitores nas condições do nosso tempo. Observamos com os trabalhos visitados que a literatura de fã (fanfiction) vem sendo explorada nas investigações acadêmicas a partir de vieses que circundam a análise da produção colaborativa, da construção de identidades autorais e ao desvelamento de novas práticas de leitura e escritas num contexto de multiletramentos e multimodalidade do texto, revelando pouca afinidade a propostas interventivas de formação de leitores no espaço escolar.

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