Harry Potter é a personagem principal que empresta seu nome ao título da obra, uma série que reúne sete volumes, da qual Harry Potter e A Pedra Filosofal é o título inicial, objeto deste de análise desta comunicação. Na pós-modernidade, muitos textos literários vêm mostrar aos leitores uma mistura do maravilhoso, de uma matriz no gênero da Antiguidade e do Medieval, com aspectos do fantástico totalmente inovador. Em Harry Potter e A Pedra Filosofal (2000), de J. K. Rowling, o fantástico está presente em todo o texto, recuperando e atualizando as características do Maravilhoso. Este trabalho tem como objetivo principal analisar a figura psicológica da sombra na imagem de Lord Voldemort em Harry Potter e a Pedra Filosofal. Para tanto, nossa fundamentação teórica baseia-se em Grimberg (1997), Jung (2002), Coelho (2000). A análise mostra que o herói, Harry Potter, na busca do autoconhecimento é recompensado pelos seus feitos: ter vencido o bruxo das trevas Voldemort e ter recuperado a Pedra Filosofal, o elixir da vida, representado pela humildade, lutando pela causa coletiva. Já os bruxos malvados (Valdemort, Quirrell e Draco Malfoy) recebem sua sorte bem merecida, satisfazendo as necessidades profundas que todo ser humano sente de que prevaleça a justiça. Dessa forma, Harry Potter e a Pedra Filosofal oferece a seu público leitor grandes contribuições, encorajando as pessoas, em especial às crianças a enfrentar a vida com a fé que lhe permitirá aceitar que a passagem por provações severas possa conduzir a uma existência em plano mais alto.