Artigo Anais ABRALIC Internacional

ANAIS de Evento

ISSN: 2317-157X

O OLHO DE VIDRO DE MEU AVÔ: UM OLHAR SOLIDÁRIO EM DOIS MUNDOS

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Publicado em 12 de julho de 2013

Resumo

O olhar do menino passa pela interação do ser enquanto agente de captação e compartilhamento da realidade. É o olhar do menino que ocupa o espaço do futuro observador crítico/interventor, que infundirá sobre os processos socioculturais a sua formação afetiva. Em 'O olho de vidro do meu avô', Bartolomeu Campos de Queirós trabalha o ponto de vista do devaneio infantil enquanto alternativa aos meios de ocupação de espaços habitualmente propostos pelas classes favorecidas. Cabe ao narrador, em seu processo de registro biográfico, quebrar as amarras da memória linear, do ser inserido em sua ecologia doméstica, para criar o universo do compartilhamento afetivo, da descoberta do outro, não como ser de estranheza, mas como potência de querer, como ruptura da divisão das individualidades em busca de uma nova estrutura onde a solidariedade seja o vínculo, não as obrigações morais. Através dessa mudança na célula-mãe da formação social, o livro propõe uma nova forma de interação com o mundo, bem de acordo com os novos desafios que o tecido do real nos impõe. Partindo da concepção de Gaston Bachelard sobre devaneio, analisa-se 'O olho de vidro do meu avô' sob o prisma da ruptura dos processos de significação e da criação de um novo ser (homem/menino) que interage com o mundo não através da educação dos sentidos, mas da libertação desses, agora órgãos de uma sinestesia com a natureza, entendida como parte da formação humana, não como elemento estranho a ser combatido. Esse novo olhar não se nomeia a partir do prisma da aprendizagem, educação (nem mesmo sentimental), mas de 'criação afetivo-natural', em sintonia com as exigências que o mundo pós-máquina impõe a uma humanidade que satura seus recursos. Entende-se, na obra de Bartolomeu, o primeiro passo em direção a esse novo modo de interagir, não através da destruição e do medo, mas através da descoberta, do olhar. A figura do olho de vidro surge, então, não como alternativa artificial, mas como gatilho da memória (devaneio) que conduzirá ao novo sentimento sinestésico do real. Real que ocupará um espaço não mais físico (o espaço da indústria, da produção econômica), mas afetivo: o 'espaço literário', como atesta Blanchot, onde 'o silêncio se deixa encontrar pela palavra'. Por esse novo campo de significações, entranha-se 'O olho de vidro do meu avô' como livro - fabulário de um novo processo a-educacional que visa construir homens/meninos interativos, que se inserem na natureza-lar, não através da dominação, mas através da afetividade, da solidariedade com um ECO participativo.

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