A narrativa institui subjetividades, quando se conta “sua” história passa-se a existir, ou seja eu existo a partir do prisma em que me “conto”, em que me narro O escopo desse trabalho busca analisar a forma como a narrativa institui os sujeitos, inseridos num processo de alteridade, constituindo suas identidades a partir da experiência do narrar. As narrativas de “Falcão: meninos do tráfico”, em suas versões de documentário e de livro, encobrem tanto a forma de relato quanto a de testemunho, embora o que marque seja a narrativa que faz com os envolvidos nesta passam a existir. Ocorre um processo de tradução do vídeo para o livro, tanto um como o outro tentam atingir a ideia de “exposição de fatos”, nosso estudo intenta analisar os processos que se relacionam nesse sentido de tradução, convergindo para composição das subjetividades dos sujeitos que se narram.