No momento da Segunda Grande Guerra, Jorge Amado, ao voltar ao seu país, do exílio voluntário por divergências políticas com o governo, na Argentina e no Uruguai, assume a coluna Hora da Guerra, em O Imparcial, de Salvador – Bahia, de 1942 a 1944. Sob o comando do ditador Getúlio Vargas, se perfila na campanha da “Unidade Nacional”, quando todos são convocados para o embate contra o nazifascismo. A literatura, como as demais manifestações artísticas e culturais, está de sobreaviso: qualquer avanço que comprometa a liberdade da criação é denunciado e combatido com severidade. Acontecimentos que atinjam os meios de expressão são indicados, desde os avisos de aprisionamentos, expulsões ou morte de pessoas, como de Romain Roland, na França, Thomas Mann, na Alemanha, ou Garcia Lorca, na Espanha até a tentativa de censura prévia dos livros nacionais, como a proposta de Otto Maria Carpeaux, apontada por José Lins do Rego. É o tempo, segundo o cronista, da arte comprometida, “da poesia se transformar em ardente fogo”.