O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um distúrbio neurológico que tem como características a dificuldade na comunicação e interação social. Embora nem todos os mecanismos da sua etiopatogênese sejam completamente conhecidos, pesquisas apontam que a ingestão de determinados nutrientes como, por exemplo, o ácido fólico, durante o desenvolvimento embrionário, podem estar relacionados com o referido transtorno. Sendo assim, objetiva-se verificar se há de fato, uma correlação entre a suplementação de ácido fólico, tanto antes da concepção quanto durante a gestação, com o desenvolvimento do transtorno do Espectro Autista. Para tanto, buscas de periódicos publicados nos últimos 15 anos foram realizadas para compor essa revisão, abordando também outros aspectos como o histórico do transtorno, sua epidemiologia e informações bioquímicas sobre o ácido fólico, e seu importante papel na embriogênese, como promover o fechamento do tubo neural. A palavra "autismo" tem origem antiga, sendo citada pela primeira vez em 1906, apesar de ter sido bastante diferente do que se conhece hoje. Com o passar do tempo, outros médicos e pesquisadores vêm procurando respostas para o desenvolvimento deste transtorno. Sendo o ácido fólico uma vitamina essencial para o desenvolvimento intra-uterino, e que o mesmo é relevante para a formação do sistema nervoso, pesquisas mostram que processos de metilação de DNA, os quais envolvem o ácido fólico, podem ter relação com o TEA, no entanto, outros trabalhos afirmam que o ácido fólico previne-o. Sendo assim, mais pesquisas são necessárias no intuito de confirmar essa provável relação.