Este trabalho tem por objetivo relatar a experiência de acadêmicos de Enfermagem na elaboração de um prontuário a ser aplicado a mulheres privadas de liberdade. A proposta é originária do projeto de extensão intitulado “Saúde da mulher na prisão: uma proposta de promoção na saúde”, desenvolvido pela Universidade Federal do Vale do São Francisco – Univasf- que tem o objetivo de atender as demandas do contexto prisional que vão além da assistência, como também promover a saúde através de oficinas educativas, de forma a intervir em problemas que comprometem a saúde de mulheres no contexto prisional. De modo que, considerando a ausência de registro de informações sobre a saúde e diante do caráter singular da população em questão, optou-se pela elaboração de um instrumento de uso interdisciplinar, já que o projeto integra estudantes dos cursos de saúde da instituição. A versão preliminar que se encontra em fase de experiência é um formulário dividido em 5 etapas, e reúne informações sobre: dados gerais da paciente, antecedentes de interesse, hábitos de vida, aspectos ginecológicos e obstétricos e exame físico. A população feminina no geral já sofre na luta por seus direitos, e isso se torna ainda mais hostilizado dentro do sistema prisional, local aonde os preconceitos e a supressão de direitos são mais agravados. Esta população sofre vários danos à saúde, desde um pré-encarceramento até as condições hostis que o ambiente prisional apresenta.