A intervenção do psicólogo em cuidados paliativos tem ampliado olhares sobre a dignidade do paciente em sua finitude assim como questiona a relevância e as possibilidades de atuação junto com o paciente- familiares – equipe multiprofissional. O presente estudo tem como objetivo discutir os desafios recorrentes enfrentados pelo psicólogo no âmbito dos cuidados paliativos. A metodologia utilizada é de pesquisa bibliográfica. Sobre os implicações vislumbradas até o momento Porto & Lustosa (2010), apontam o psicólogo como um facilitador aos cuidados paliativos, cujo desafio principal é efetivar qualidade de vida do paciente em fase terminal, além de propiciar escuta diferenciada das suas necessidades e dos familiares contribuindo à humanização no atendimento. O tratamento da doença fora do alcance de cura é invariavelmente aversivo e estressante, as causas recorrentes se dão pela terapêutica farmacológica agressiva e seus efeitos colaterais,( Melo Valero & Menezes, 2013). Nesse processo o psicólogo atua desde a identificação desses fatores de estresse à facilitação da comunicação entre a equipe(Martinho, ,Pilha,& Sapeta, 2015). Porém junto à equipe de saúde não raramente a ocupação do psicólogo é vista pela falta de clareza e objetividade no contexto hospitalar, (Tonetto, Willam, 2006). De outra forma, Domingues et al. (2013), lembra que a Psicologia bem inserida numa equipe multidisciplinar de Cuidados Paliativos poderá ser categórica na resolução de impasses existenciais que , provavelmente, surgirão na conjuntura de terminalidade atribuída pela doença. O estudo em atual andamento aponta para a necessidade de maior produção científica que embase sobretudo o lugar da psicologia no contexto hospitalar.