A ansiedade e a depressão constituem um grande problema de saúde pública, principalmente na população idosa. Na atualidade, a prática de exercício físico regular demonstra uma associação positiva com a boa saúde mental. A presente investigação objetiva verificar a influência do exercício sobre a autoestima e depressão na população idosa, revisar na literatura a eficácia do exercício como tratamento e fator protetor da depressão e da ansiedade nos idosos, estabelecer evidência empírica consistente que corrobore a relação entre a prática regular de atividade física e a melhora da autoestima, bem como benefícios na redução de quadros depressivos nesse grupo. A metodologia consistiu na busca de artigos nas bases de dados SciELO e LILACS que correspondessem ao período de 2006 a 2018, utilizando como descritores “idosos”, “depressão”, “ansiedade”, “atividade física” e “exercício físico”. A pesquisa obteve 128 correspondências, mas apenas 14, publicadas entre 2007 e 2017, foram incluídas neste artigo. A análise desses trabalhos apontou que a prática regular de exercícios reduz, significativamente, sinais clínicos de depressão nos idosos e também oferece efeito protetor contra a instalação desse distúrbio. Esse efeito pode ser explicado por vários fatores, mas o mais aceito é que a atividade física envolve diretamente o metabolismo da serotonina, dopamina e alguns outros neurotransmissores que possuem ação no desempenho motor, motivação locomotora e modulação emocional. Nesse raciocínio, a prática de exercícios representa importante fator na redução dos níveis de depressão e ansiedade em idosos, portanto deve ser utilizado como coadjuvante tanto no tratamento quanto na prevenção desses distúrbios.