Dentre diversas doenças negligenciadas que ocorrem no mundo, o gênero Leishmania
engloba várias espécies de protozoários que parasitam insetos hematófagos e uma grande variedade de
mamíferos, inclusive o homem. A transmissão usual do parasito é por meio da picada de mosquitos do
gênero Lutzomyia, também conhecidos como cangalhinha, asa dura ou mosquito-palha. Os canídeos
são os principais reservatórios do parasita, sendo que o cão doméstico parasitado é considerado um
perigo potencial para a transmissão para os seres humanos. O presente estudo trata-se de uma pesquisa
transversal, quantitativa e qualitativa, cujos resultados foram obtidos a partir de dados secundários
sobre a ocorrência de leishmaniose visceral no Brasil no período de 2014 a 2017. O total de casos
registrados na região Nordeste foi de 8.651, enquanto em todo o Brasil, no mesmo período, foi de
15.250. Isso indica que no Nordeste ocorreram 56,73% do total de casos de leishmaniose visceral do
país. Mesmo com a diminuição do número de casos em relação ao restante do Brasil, a região
Nordeste continua responsável por pouco mais da metade de todos os casos no país. Os estados do
Maranhão, Piauí, Ceará e Bahia concentram 81,08% de todos os casos de leishmaniose visceral da
região Nordeste, enquanto Alagoas é o estado que apresenta o menor número de casos. Esta incidência
da leishmaniose indica que são necessárias mais ações preventivas por parte dos órgãos responsáveis,
para que seja alcançado um maior controle da infecção por este parasito, desse modo melhorando a
qualidade de vida da população.