Apesar da normatização que garante acesso à atenção integral à saúde à população privada de liberdade, foi apontado que as políticas públicas voltadas a esse grupo não contemplam ações pautadas nas questões de gênero e nas necessidades de saúde de mulheres em situação de prisão. Assim, este estudo teve o objetivo de caracterizar socialmente e economicamente a população de mulheres em situação de prisão, com base na literatura científica publicada nacionalmente tendo como enfoque as questões de gênero. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, por meio da qual foram selecionados, analisados e interpretados 14 artigos científicos completos, publicados no período de 2004 a 2014, no idioma português. A análise dos trabalhos que foram revisados por este estudo demonstrou um perfil social e econômico de mulheres que, na sua maioria, são negras e jovens, estavam solteiras e apresentaram história de baixa condição financeira e baixa escolaridade. Adotando a abordagem de gênero, discutiu-se o impacto da opressão vivenciada pelas mulheres na sociedade mais ampla e o seu reflexo nas condições de vida da população estudada.