O estudo objetivou identificar os fatores relacionados a não realização, por parte das mulheres portadoras de deficiência física, da consulta ginecológica oferecida nas unidades de saúde da família, bem como o conhecimento e a motivação para a realização da mesma. A pesquisa constitui-se de uma revisão sistemática da literatura, na qual foi feita uma análise de artigos científicos indexados no acervo das bibliotecas virtuais LILACS, SciELO e PubMed. A partir dos critérios de inclusão pré-estabelecidos, a amostra final foi composta de 5 (cinco) artigos. Com base na análise destes, o principal fator observado no que diz respeito a consulta ginecológica frente a mulher com deficiência, foram as barreiras enfrentadas pelas mesmas quanto ao acesso aos serviços de saúde e profissionais qualificados. Ademais, constatou-se que além das barreiras físicas e ambientais no acesso à consulta ginecológica, existem os fatores psicossociais e emocionais que dificultam o cuidado da mulher com deficiência com a sua saúde e com o seu corpo. Tal fato demonstra uma falha na aplicação das políticas públicas referentes à saúde da mulher, principalmente àquelas com deficiência. Nesse contexto, é imprescindível que mudanças ocorram para que essas mulheres recebam uma assistência de forma universal, integral e equânime. Como resultado, conclui-se que somente por meio do entendimento dessa problemática e através do desenvolvimento de pesquisas voltadas para essa temática, é que serão modificadas e extinguidas às barreiras que dificultam o atendimento a esse público, e que as mulheres portadoras de deficiência obtenham na consulta ginecológica, um atendimento individualizado.