A doença de Parkinson (DP) é o segundo distúrbio neurodegenerativo mais comumente afetando principalmente a população idosa com mais de 60 anos. Os sintomas não motores desempenham um papel fundamental na trajetória da doença de Parkinson, desde o pré-motor prodrômico até os estágios finais. Portanto, precisamos de biomarcadores periféricos e / ou centrais precoces, sensíveis, específicos e econômicos para o diagnóstico diferencial, prognóstico e tratamento da DP. Objetivo: discutir a aplicabilidade e validade de biomarcadores de sintomas não motores na doença de Parkinson. Metodologia: revisão bibliográfica nas bases dados PubMed/MEDLINE, SciELO, Science Direct. Os artigos foram selecionados segundo os critérios de inclusão: ensaios clínicos controlados randomizados, estudos quasi-experimentais e revisões sistemáticas que registraram a utilização de biomarcadores de sintomas não motores na Doença de Parkinson. Resultados: A estratégia de busca utilizada resultou em 705 títulos, onde um total de 21 estudos foi incluído para síntese. Mais de 90% dos pacientes experimentam sintomas não motores durante o curso da Doença de Parkinson, uma vez que apresentam degeneração em áreas extra-nigrais antes da perda dos neurônios nigrais Os principais sintomas não motores compreendem a diminuição do olfato, diminuição da acuidade visual, depressão, ansiedade, apatia, transtorno do sono e hipotensão ortostática, constipação, além de mudanças sutis na cognição e na personalidade. Conclusão: Os biomarcadores identificados neste estudo apresentam confirmação do papel cada vez mais importante dos sintomas não motores na heterogeneidade da doença de Parkinson.