BRAGA, Marieliza Araújo et al.. Câncer de mama masculino: uma revisão assistemática. Anais III CONBRACIS... Campina Grande: Realize Editora, 2018. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/40873>. Acesso em: 07/11/2024 15:46
Considerando que a incidência do câncer de mama masculino é rara, e que de igual forma a literatura disponível é escassa, para esse estudo foi realizada uma revisão bibliográfica assistemática a respeito do câncer de mama masculino que possibilitou avaliar o perfil epidemiológico, clínico e diagnóstico de homens acometidos pela doença. Trata-se de uma revisão assistemática, entre 2013 a 2018, a partir de artigos científicos pesquisados nas bases de dados eletrônicas: Pubmed, Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), Scientifc Eletronic Library Online (SciELO), National Center for Biotechnology Information (NCBI), utilizando os descritores: oncologia, câncer de mama, homens e suas versões em inglês. Foram analisados 70 artigos científicos em inglês e português, e selecionados 15 artigos (21,42%) para análise. Destes, majoritariamente foram estudos epidemiológicos quantitativos, em inglês, publicados em 2014 e 2015. Como resultado foi possível observar que o câncer de mama masculino acomete predominantemente brancos, acima de 60 anos, acometendo a mama esquerda e é caracterizado com subtipo histológico de carcinoma ductal invasivo, receptividade hormonal positiva e pouca expressividade do gene Her-2. Diagnosticados tardiamente em estádios III e IV, com taxa de recidiva dependente do comprometimento linfonodal, embora apresente taxa de óbito menor, quando comparado ao feminino. Associa-se o acometimento ao histórico genético de mutações nas delações de BRCA 1 e 2, familiar, fatores hormonais, hábitos de vida pouco saudáveis como tabagismo e etilismo, doenças crônicas a exemplo da obesidade e diabetes, e exposição à radiação. Infere-se a importância de aprofundar o conhecimento do câncer de mama masculino visando subsidiar a identificação dos principais indicadores epidemiológicos, clínicos e de diagnóstico para definição e gerenciamento de políticas públicas envolvidas com a Saúde do Homem. Assim como, evidencia-se a importância do diagnóstico e tratamento precoce como estratégias para favorecer a sobrevida dos pacientes com essa neoplasia.