O amplo acesso aos serviços de saúde é preconizado pelas diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS) e engloba desde o atendimento ambulatorial à visita domiciliar e desenvolvimento de ações voltadas para a Promoção de Saúde e Prevenção de Doenças. Com o acréscimo da Estratégia de Saúde Bucal (ESB) nas Equipes de Saúde da Família (ESFs), espera-se que a população possa ter garantido amplo acesso e qualidade no serviço odontológico. Dessa forma, há a necessidade de avaliar o acesso e a utilização dos serviços odontológicos públicos no Brasil e analisar os avanços ocorridos com o incremento das ESBs nas ESFs. Para isso, esse trabalho objetiva revisar a produção científica referente à temática a partir das bases de dados Scielo, LILACS e PubMed com descritores e operadores booleanos: “acesso aos serviços de saúde” and “atenção primária à saúde” and “serviços de saúde bucal”, foram selecionados 13 artigos, em inglês e português, dos últimos cinco anos. Observa-se a existência de lacunas na consolidação da prática das diretrizes do SUS que interferem no amplo acesso aos serviços odontológicos. Evidencia-se baixa realização das práticas intersetoriais entre as equipes e problemas relacionados aos recursos humanos, além da inexistência da prática do mapeamento, levando ao desconhecimento das características sociais e epidemiológicas da população, e das visitas domiciliares, sendo priorizado atendimento à demanda espontânea. Assim, vê-se ineficácia no acesso aos serviços odontológicos públicos, sendo necessário intervenção por medidas públicas, bem como, a conscientização e capacitação dos componentes das equipes para que haja uma maior amplitude de acesso.