INTRODUÇÃO: A musicoterapia é o uso profissional da música e de seus elementos como uma intervenção em ambientes médicos, educacionais e cotidianos com indivíduos, grupos, famílias ou comunidades que buscam otimizar sua qualidade de vida e melhorar seus aspectos físicos, sociais, comunicativos, emocionais, de saúde intelectual, espirituais e bem-estar. Nesse contexto, diante da evolução das terapêuticas na área da saúde, observa-se o uso crescente de técnicas não medicamentosas associadas ao tratamento de certas condições, como a demência. Dessa forma, o presente estudo visa a analisar, por meio de uma revisão sistemática da literatura, a eficácia da terapêutica supracitada aliada ao tratamento da demência, tendo como base ensaios clínicos randomizados. METODOLOGIA: Busca realizada em fevereiro de 2018 no portal Pubmed através das palavras-chaves “Music Therapy” e “Dementia”, obtendo-se 435 artigos. Através da aplicação dos critérios de inclusão e leitura criteriosa, resultaram 8 artigos. DISCUSSÃO: a musicoterapia é benéfica tanto no tangente à melhora de sintomas cognitivos quanto com relação às manifestações psicológicas e emocionais. A melhora daqueles foi menos evidente, porém verificada em metade dos artigos em que foi analisada, manifestando-se pela melhora da memória de trabalho e da cognição no geral. Acerca dos aspectos emocionais, ocorreu melhora significativa na quase totalidade dos artigos analisados, com redução da ansiedade, agitação e até dose de psicofármacos, com amenização de sintomas depressivos. CONCLUSÃO: As intervenções musicais em pacientes com demência apresentam potenciais benefícios, principalmente se forem caracterizadas como musicoterapia, em pacientes cuja demência não seja advinda da Doença de Alzheimer.