A valva mitral (VM), que separa o átrio esquerdo do ventrículo esquerdo, é composta por duas válvulas/folhetos e está submetida a um grande esforço durante a sístole ventricular. Se uma ou ambas as válvulas ultrapassam o plano do anel valvar em direção ao átrio, ocorre o chamado Prolapso da Valva Mitral (PVM), o que causa regurgitação sanguínea. Desse modo, objetiva-se verificar a relação entre a Ecocardiografia Tridimensional e o PVM no que diz respeito à avaliação e ao diagnóstico. Por isso, buscou-se na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) artigos disponíveis na íntegra, publicados nos últimos 5 anos, em Língua Inglesa ou Portuguesa e que estivessem nas bases Lilacs ou MedLine com os descritores “Prolapso da Valva Mitral” e “Ecocardiografia”. De acordo com os resultados desse estudo, o PVM é um distúrbio comum e de curso clínico variável determinado pela presença e magnitude da regurgitação mitral (RM). A identificação de fatores associados à progressão da RM é importante para a estratificação de risco e para a escolha da intervenção cirúrgica como tratamento. Além disso, a geometria de superfície e coaptação do folheto, a magnitude da ondulação dos folhetos e a deformação das estruturas subvalvulares são importantes características morfológicas do PVM que podem ser adequadamente avaliadas com a Ecocardiografia Transesofágica Tridimensional (ETE 3D). Portanto, a avaliação anatômica quantitativa e funcional da VM por meio da ETE 3D é de fundamental importância para diagnóstico, definição da conduta terapêutica mais adequada, monitoramento e avaliação pré-operatória da reparabilidade cirúrgica da valva mitral.