A utilização do domicílio como espaço de cuidado à saúde expandiu-se nas últimas décadas.
Essa tendência verificada em vários países do mundo foi motivada pela necessidade de
racionalizar a utilização dos leitos hospitalares, devido a problemas relativos à ineficiência,
ineficácia e um aumento crescente da demanda em cuidados de saúde, acompanhando as
mudanças demográficas e epidemiológicas. Nesta perspectiva, este estudo propõe avaliar a
Política Nacional de Atenção Domiciliar (PNAD) no tocante ao tempo médio de permanência
por paciente/dia na rede de urgência e emergência em Pernambuco entre os anos de 2013 a
2016. A amostra consiste de 15 municípios tratados e 47 serviços de atenção domiciliar
implantados no estado. Os resultados obtidos utilizando controle sintético mostram que a
PNAD ainda é um processo em construção, evidenciando uma relação frágil, podendo estar
relacionada ao "lugar de coadjuvante" que a política de atenção domiciliar assumiu na rede de
urgência e emergência no estado. Contudo, o estudo evidencia uma relação positiva quanto à
capacidade de racionalização de leitos nos serviços de urgência e emergência, demonstrando a
potencialidade para reduzir o tempo médio de permanência e consequente aumento da taxa de
rotatividade dos leitos, de forma a permitir um maior aproveitamento de capacidade
operacional dos leitos oferecidos pelo SUS no estado.