A hipertensão arterial sistêmica (HAS) afeta aproximadamente um terço dos indivíduos em todo o mundo e é considerada uma das doenças mais presentes na população brasileira. Devido a sua alta prevalência, a HAS é vista como principal fator de risco para doenças cardiovasculares. O objetivo do trabalho foi avaliar a percepção e o conhecimento dos hipertensos acompanhados pelas Unidades de Saúde Família do município de João Pessoa sobre a doença e o tratamento, utilizando-se da abordagem qualitativa a partir da análise do Discurso do Sujeito Coletivo. Observou-se razoável conhecimento dos hipertensos sobre a doença, o tratamento e as formas de controle. Os discursos remeteram, em sua grande maioria, a fatores de risco modificáveis e complicações. Em relação às principais dificuldades de manutenção dos níveis pressóricos, os hipertensos mencionaram a mudança no estilo de vida, ou seja, alimentação adequada, prática de atividade física e controle de peso, além das dificuldades em seguir o tratamento medicamentoso. Outra informação de destaque foi à menção frequente do estresse como fator que dificulta o controle da pressão arterial. O conhecimento sobre a HAS é de fundamental importância para a condução do tratamento e do estímulo ao cuidado próprio. Portanto, evidencia-se a necessidade de esclarecimento dos hipertensos sobre sua patologia, as forma de tratamento e controle dos níveis pressóricos, sendo grande parte deste papel de responsabilidade dos profissionais de saúde que os assistem, em especial nas Unidades de Saúde da Família.