Introdução: A microcefalia, caracteriza-se por uma malformação congênita principalmente com a
redução do perímetro cefálico e as suas consequências em geral, apresentam atraso no desenvolvimento
neuropsicomotor, como também comprometimento do sistema respiratório. Este estudo teve como
objetivo descrever os distúrbios respiratórios identificados na avaliação fisioterapêutica de um lactente
diagnosticado com microcefalia por possível infecção do vírus Zika. O mesmo foi realizado na Clínica
Escola de Fisioterapia da Universidade Estadual da Paraíba, em Campina Grande, Paraíba, Brasil.
Metodologia: Foi realizada uma avaliação fisioterapêutica sendo utilizados um protocolo de avaliação
com dados pessoais, perinatais e exame físico. Além deste, o de Boletim de Silverman-Andersen (BSA),
que avalia o desconforto respiratório e a escala de Face, Legs, Activity, Cry, Consolability (FLACC)
que avalia a dor em crianças entre 2 meses e 7 anos ou indivíduos incapazes de comunicar sua dor.
Resultados e discussão: Durante a avaliação não foi identificado sinais de desconforto respiratório,
porém a presença de dor, e ausculta pulmonar com a diminuição do murmúrio vesicular no hemitórax
esquerdo, sem ruído adventício, a presença de secreção em vias áreas superiores e diminuição do reflexo
de tosse associado a prescrição de um fármaco. Conclusão: Por meio deste trabalho identificou-se uma
correlação entre consequências neurológicas por um portador de microcefalia, em decorrência da
Síndrome Congênita do Zika Vírus com as complicações do sistema respiratório. Complementarmente,
é preciso conhecer mais sobre o vírus Zika e as possíveis complicações neonatais, para que assim seja
possível delinear ações de prevenção concomitantemente com à promoção de saúde.