O puerpério é uma fase da vida da mulher que abrange inúmeras mudanças psíquicas e biológicas, que podem culminar em maior facilidade de prejuízos à saúde mental. A realização da amamentação, é uma expectativa que geralmente acompanha a gestante e, quando se torna impossível por alguma razão, a mulher, na maioria das vezes experimenta sentimentos negativos que podem favorecer o desenvolvimento de quadros depressivos. Este trabalho tem como objetivo identificar os sentimentos manifestos em puérperas que são interditadas ao ato de amamentar, concatenando com informações disponíveis na literatura sobre o tema, facilitando a criação e aprimoramento de apoio à saúde psicológica destas mulheres. Trata-se de estudo descritivo, exploratório com abordagem quali-quantitativa. Tem-se como amostra 78 questionários que atenderam aos critérios de elegibilidade. Diante da impossibilidade a amamentação, os sentimentos declarados foram tristeza (69,23%); aborrecimento (11,54%); frustração (11,54%); desolamento (3,84%); ansiedade (2,56%); angústia (2,56%); medo (1,28%) e dor (1,28%). Apenas 12,8 % relataram não ser afetadas negativamente pela situação. 75,64% das participantes afirmaram se sentir culpadas pela situação. Cerca de 9% das entrevistadas afirmaram não ter disposição para realizar tarefas do dia a dia, o que é um forte indicativo de depressão pós parto. 100% das participantes negaram sentimento de rejeição em relação ao filho e afirmaram apoio da família. 85,9% das entrevistadas não realizam acompanhamento psicológico, destas, 19,4% gostariam de realizá-lo. Este trabalho fornece auxilio para desenvolvimento, por órgãos competentes, de cuidados e suporte sustentado à saúde mental das mulheres que, por algum motivo, não podem amamentar seus filhos.