A trombofilia é uma patologia adquirida ou hereditária, representada por uma condição de hipercoagulabilidade que favorece a maior predisposição a formação de trombos. Em mulheres no período gravídico esse quadro ocorre de forma independente para trombofilia. Entretanto, mulheres acometidas por esse quadro ao receber estímulos que resultem na formação de trombos, podem experimentar algumas complicações obstétricas oriundas da trombofilia, a saber: trombose, perda fetal recorrente, morte fetal intrauterino, pré-eclâmpsia, restrição de crescimento fetal e hematoma retroplacentário. Este estudo foi realizado vislumbrando analisar os aspectos discutidos na literatura sobre a trombofilia na gestação. Os estudos acerca da temática foram identificados por busca nas bases de dados Scientific Electronic Library Online (SciELO) e Literatura em Ciências da Saúde (LILACS) através do cruzamento pelo operador booleano ‘AND’ dos descritores “trombofilia”, “gravidez” e “complicações na gravidez”. Através da aplicabilidade dos critérios de seleção, quatro estudos foram incluídos nesta revisão. Por meio da análise desses estudos foi possível perceber a comprovação de que a trombofilia é um fator contribuinte para diversas complicações na gravidez e a necessidade da profilaxia precoce, além de ratificarem a necessidade de instruir a triagem de rotina para defeitos trombofílicos em mulheres que apresentaram histórico de complicações em gestações anteriores. Dessa forma, a partir da análise, pudemos concluir que há necessidade de capacitar o profissional em todos os níveis de atenção à saúde, de modo a contribuir para a resolutividade da assistência durante a gestação e evitar os efeitos deletérios da associação trombofilia.