O iodo é um micronutriente vital para o organismo e sua maior fonte provém da alimentação, especialmente do consumo de sal iodado. Os distúrbios da deficiência de iodo (DDI) podem se manifestar através de aborto, anomalias genéticas, mortalidade perinatal, problemas gestacionais, cretinismo, bócio, entre outras. Por se tratar do mais eficiente veículo de obtenção deste micronutriente, o trabalho objetivou avaliar o teor de iodo em diferentes amostras de sal de cozinha, comercializadas no município de Campina Grande – PB, e verificar o cumprimento da legislação vigente quanto ao intervalo de limites de iodo estabelecido para fortificação do sal. A determinação do teor de iodo foi realizada segundo as normas analíticas do Instituto Adolfo Lutz (2008). Doze amostras de quatro marcas nacionais (A®, B®, C® e D®) foram avaliadas e houve conformidade com a legislação de três marcas. A amostra C® apresentou valores abaixo (34,26%) da quantidade de iodo permitida pela RDC 23/2013 (limite mínimo: 15 mg.kg-1 e limite máximo: 45 mg.kg-1), oferecendo risco a população ao consumir esse produto. A média dos teores de iodo das amostras em conformidade foi de 21,3701 mg.kg-1, as quais variaram entre si 10,15%, 15,71% e 24,27%, respectivamente. Foi verificada também a adequação das legislações considerando o elevado consumo de sal pela população brasileira. Evidencia-se, portanto, a necessidade do maior rigor no controle de qualidade da iodação deste produto e importância da educação em saúde sobre a sobre os riscos e medidas preventivas a cerca da deficiência e excesso de iodo no organismo.