Os hormônios da tireoide agem no desenvolvimento e crescimento de crianças e adolescentes e atuam na fertilidade, regulando o ciclo menstrual, memória, dentre outros. Os distúrbios da glândula tireoide ocorrem com grande frequência na prática clínica. No hipertireoidismo, o que mais se destaca é a doença de Graves (autoimune), enquanto que no hipotireoidismo, o subclínico é o mais frequente, sendo que nestes dois casos, o sexo feminino é o mais acometido. O presente estudo teve caráter retrospectivo e transversal, com uma abordagem descritiva e quantitativa, realizada através de análise documental, na qual 1835 pacientes foram selecionados de forma aleatória, destes, 231 foram excluídos da pesquisa, pois não foi possível determinar se eram portadores ou não de distúrbios tireoidianos, restando 1604 indivíduos, que foram separados entre portadores ou não de disfunção da tireoide. Verificou-se que 926 (57,7%) pacientes não apresentaram distúrbios tireoidianos, enquanto 678 (42,3%) obtiveram essa disfunção, destes, 564 (83,2%) possuíam hipotireoidismo, e 114 (16,8%) hipertireoidismo. Entre os indivíduos acometidos com distúrbios de hipotireoidismo, 512 (90,8%) eram mulheres, e 52 (9,2%) eram homens, enquanto que nos casos de hipertireoidismo, 91 (79,8%) eram do sexo feminino, e 23 (20,2%) do sexo masculino. Os distúrbios tireoidianos afetam de forma indiscriminada todas as funções orgânicas do indivíduo, logo, verifica-se a importância do diagnóstico precoce, para a correta identificação do tipo de transtorno que acomete o paciente, e desta forma prosseguir com o tratamento adequado.