A paralisia cerebral é definida como um grupo de alterações permanentes, mas não inalteráveis, do movimento e da postura, causando limitações na atividade, que são atribuídas a lesões não progressivas que ocorrem no cérebro imaturo e em desenvolvimento. Quanto maior a gravidade da lesão cerebral, maiores serão as repercussões a nível alimentar, prejudicando o estado nutricional do indivíduo. Crianças com danos neurológicos geralmente possuem dificuldades alimentares que, geram problemas na alimentação e afetam negativamente a capacidade de ingerir alimentos ou líquidos de forma adequada, o que traz repercussões no estado nutricional e hídrico. Este trabalho trata-se de uma revisão de literatura para identificar as principais alterações nutricionais em portadores de PC, bem como detectar os fatores determinantes desse comprometimento nutricional. Para realização desse estudo foram coletadas informações relevantes ao tema, a partir de artigos publicados nas últimas décadas, pesquisados na base de dados LILACS e MEDLINE, PubMed, Cochrane e de livros técnicos. Os problemas na alimentação são inicialmente provocados pelo déficit de energia, proteína, vitaminas e minerais. O déficit nutricional provoca déficit no crescimento, promove o aparecimento de úlceras de pressão, diminuição da força muscular, déficit do sistema imunitário, diminuição do trabalho cardíaco e diminuição da densidade óssea, facilitando a ocorrência de fraturas. Nesse estudo podemos concluir que há uma relação entre o estado nutricional e uma inadequada alimentação e má absorção de alimentos, salientando a importância de se investigar hábitos alimentares destas crianças e adolescentes para conhecermos o estado nutricional e garantir o adequado acompanhamento nutricional.