Este trabalho consiste em um relato de experiência de uma intervenção realizada por graduandos de psicologia junto a uma Unidade de Acolhimento da cidade de Campina Grande – PB, vinculada à Secretaria Municipal de Assistência Social - SEMAS, cujo objetivo foi elaborar, junto aos acolhidos, propostas de cuidado à saúde. O encontro obteve 14 participantes entre idosos e pessoas com deficiências diversas, onde buscamos abordar as dificuldades que circundam a condição de asilamento dos presentes, onde foi predominantemente citado o abandono da família, vulnerabilidade a doenças e dificuldade em lidar com a morte. Como aporte teórico, tomamos como referência a educação popular preconizada por Paulo Freire e os pressupostos das metodologias participativas, cujo foco reside em trabalhar os problemas/tensões, bem como refletir e criar possíveis estratégias de enfrentamento dos problemas por eles elegidos. Nesta perspectiva, observamos o forte desejo de falar e serem ouvidos dos participantes, além do interesse em discutir questões atinentes à problemática em virtude da inexistência de um espaço favorável para esta finalidade na unidade, onde não apenas foram se tornando protagonistas do processo, como também puderam se posicionar de forma crítica e reflexiva. Assim, avaliamos como satisfatório os resultados obtidos, pois pudemos reiterar o diálogo como ferramenta capaz de viabilizar desconstruções de crenças sociais historicamente construídas acerca da velhice e da deficiência, além de ampliar e possibilitar novas construções acerca destas.