A humanização da assistência, em particular do parto normal, fundamenta-se no respeito à dignidade da mulher, aos seus costumes, valores e vontades. O momento do parto deve ser tratado com respeito, e os profissionais da saúde tem a incumbência de proporcionar o melhor atendimento possível a gestante, oferecendo práticas não farmacológicas para o alívio da dor, além da assistência emocional e psicológica, papel esse exercido principalmente pelo enfermeiro obstetra. Pode-se observar uma mudança cultural em relação ao trabalho de parto, que antes era de responsabilidade exclusivamente feminina, e os partos aconteciam na própria residência da gestante, e a partir de meados do século XX, houve uma forte hospitalização da assistência ao parto, fazendo com que a mulher perdesse sua autonomia. Considerando os enfermeiros obstetras como prestadores do cuidado ao parto humanizado, esse estudo tem como objetivo analisar os aspectos primordiais para uma assistência humanizada, enfatizando o papel desses profissionais na assistência. Trata-se de um estudo descritivo e de abordagem qualitativa. Foi realizada uma busca eletrônica na Biblioteca Virtual de Saúde, selecionando-se as bases de dados LILACS, BDENF-Enfermagem e MEDLINE, no período de 2012 a 2018. Foram utilizados os descritores “enfermagem”, “obstetrícia” e “parto humanizado”. Foi possível concluir que os profissionais da saúde, em particular enfermeiros obstetras, tem papel essencial na prestação de um atendimento humanizado, com a valorização do protagonismo da mulher no trabalho de parto, e o respeito às suas vontades. Porém, no Brasil, a medicalização do parto e prática de cesáreas sem necessidade ainda é bem evidente.