O presente artigo tem por objetivo propor uma reflexão acerca dos marcadores sociais heteronormativos que são tradicionalmente ensinados nos espaços escolares, apresentando algumas provocações teóricas de modo a repensar a educação. Buscamos ainda analisar de que maneira a teoria queer se mostra na política de desconstrução de estereótipos que são empregados e ressinificados nas práticas educativas, ao tempo em que se reconhecem outras estéticas existenciais, onde se abre novas possibilidades para o sujeito seguir um caminho de singularidades, produzindo assim, significativas mudanças quanto às práticas discursivas que envolvam sujeitos, corpos, gêneros e sexualidades. O artigo apresentado baseou-se no diálogo de cunho bibliográfico de diversos autores que se debruçam sobre os estudos relacionados à Teoria Queer e aos Estudos de Gênero de modo geral e também nos Estudos Pós-Estruturalistas e Estudos Feministas. Não obstante, procuramos apresentar e analisar alguns fragmentos discursivos importantes na construção das identidades de gêneros e identidades sexuais, e como estas se articulam com as práticas pedagógicas propostas ao longo dos anos, e que se mantém firmes até os dias atuais. Com isso, defendemos uma educação que invista num discurso onde a pluralidade e a singularidade estejam aliadas, com o intuito de desconstruir práticas engessadas e discriminatórias que levem sujeitos abjetos a vislumbrar uma educação que se apresente mais autônoma e singular, contribuindo assim, na compreensão e na criação de sentidos e vivências que direcione a escola à promoção da diversidade e respeito.