Atualmente há grande debate proposto pelas pesquisadoras, estudiosas e movimentos sociais acerca das pessoas transgêneros e/ou de identidades não-binárias, que desconstroem e tensionam a dicotomia e engendramento sexo/gênero que pautam o funcionamento da sociedade. Para tanto pensar no rompimento dos padrões de gênero é desestabilizar os lugares sociais que os mesmos são construídos na lógica masculino-feminino-homem-mulher que enlaça este lugar através da biologia. Para muitos, o processo da não binearidade é possível pensar no contexto da dualidade biológica do sexo, como as pessoas intersexo, ou aquelas que (muito raramente), nascem sem nenhum tipo de órgão sexual. Estas pessoas, ao longo de suas vidas serão empurradas a identificar-se com um gênero, mas, podendo de acordo com a percepção que possuem de si e de suas vivências no mundo não enquadrar-se nas normas sociais estabelecidas. Baseado na discussão sobre cisnormatividade, este trabalho vem problematizar o debate de gênero e dissidências sexuais e corporais através das letras de música da compositora e cantora Linn Quebrada que se identifica como bicha, viada, transviada, transgênero, bicha travesti, para fomento da discussão terá como base nas teóricas feministas e na perspectiva queer. A Linn é considerada cantora revelação pelo seu artivismo na sua performance artística, corporal e política nas apresentações.