Considerando que o fenômeno interjeição é reconhecidamente vivo, efetivo e ativo na linguagem de todos os falantes, e tendo em vista que a linguagem é a expressão pela qual o homem consegue se constituir, objetivamos, no presente artigo, adotar e entender as interjeições como um fenômeno linguístico, considerando que ele possibilita ao homem externalizar suas emoções em diversas situações comunicativas. O trabalho em questão assume como orientação teórico metodológica principal a Linguística Funcional Centrada no Uso (LFCU). De natureza descritiva, com abordagem qualitativa, procedimentos bibliográficos e método dedutivo, este trabalho teve como suporte alguns pesquisadores, tais como Keske (2006), Perini (1997) e Tomazetto (2012). O corpus de análise se constitui de trechos de conversas retirados do Banco Conversacional de Natal (2011), que é constituído de amostras de língua em uso. Os dados preliminares apontam para a importância da abordagem da interjeição no ensino de língua portuguesa, possibilitando aos alunos entenderem sua relevância não apenas como mais uma classe gramatical a ser estudada. Dessa forma, constatamos que o fenômeno interjeição se realiza na enunciação, validando a capacidade de expressar atitudes afetivas e emocionais dos falantes, ficando evidente a importância da situação comunicativa como fator determinante para sua interpretação.