A educação não-formal tem sido reconhecida como aquelas atividades envolvendo ensino-aprendizagem fora do contexto escolar. Muitas pessoas em situação de vulnerabilidade social largam os estudos por necessidade e acabam com o passar do tempo voltando a estudar por meio da educação não formal. Nesse contexto estão inseridos muitos catadores de materiais recicláveis, e diante disso este trabalho tem como objetivo avaliar como os catadores do Acordo Verde de João Pessoa-PB se relacionam com o ensino não-formal e os impactos desse ensino nas vidas deles. Para condução da pesquisa far-se-á um estudo do tipo empírico, com abordagem indutiva e procedimento descritivo, através da observação direta. Na identificação geral dos catadores foi constatado que todos os catadores entrevistados não chegaram sequer a concluir o ensino fundamental, porém apesar de não terem concluído o ensino fundamental os catadores do Acordo Verde são todos alfabetizados, sendo que na própria cooperativa tem uma sala utilizada como sala de aula onde os catadores tem aula uma vez por semana por alunos de cursos de licenciatura da Universidade do Estado da Paraíba-UEPB. Tal realidade contraria o fato de que a Paraíba possui a segunda maior taxa de analfabetismo entre os catadores (39,8%) ficando apenas atrás de Alagoas que possui 41,3%. Apesar de informal o ensino na cooperativa Acordo Verde traz benefícios para situações diárias dos catadores, retirando os mesmos do maior índice de analfabetismo entre os estados do Nordeste, contribuindo para maior independência deles e redução de desigualdades.