As tecnologias sociais são uma realidade no semiárido nordestino, elas são fruto do conhecimento empírico do sertanejo, tendo sua efetividade na resolução de muitos dos problemas socioambientais da região reconhecida e certificada por órgãos técnicos e fomentadores, a exemplo da Fundação Banco do Brasil. Tradicionalmente, o homem/mulher do sertão nordestino retira do campo, através da agricultura, pecuária, pesca e extrativo o sustento para suas famílias, no entanto, as intempéries ocasionadas pelos sucessivos períodos de escassez hídrica têm ocasionado desafios de ordem social, econômica e ambiental para os atores dessa realidade. Frente a essa realidade, ações criativas e organizadas sob a égide da sustentabilidade socioambiental vêm estabelecendo uma nova cultura para o sertão - a da convivência com o Semiárido - onde a conjunção de técnicas inovadoras e de novos arranjos sociais organizados têm protagonizado experiências exitosas de convívio nessa faixa do Brasil e nesse contexto destacam-se as tecnologias sociais. Nessa ceara, este trabalho se propõe abordar a as tecnologias sociais como práticas mitigadoras dos problemas socioambientais do semiárido nordestino, enfatizando os feitos da tecnologia cisternas de placas. Para a realização desse estudo, utilizou-se como metodologia a revisão bibliográfica, bem como a análise documental. Como método, recorreu-se ao estudo de caso ao elencar os resultados da política de implantação de cisternas no Semiárido nordestino. Como resultado deste trabalho, compreendemos que as cisternas de placas se efetivaram como política pública e vem traçando novos arranjos socioambientais para a região.