Esse texto vem propor uma reflexão acerca do trabalho pedagógico e consequentemente, das práticas que se desenvolvem com material não estruturado na Educação Infantil. Elegemos as experiências com material não estruturado, na perspectiva de ressignificar nossos espaços, tempos e materiais infantis e assim, promover aprendizagens significativas para as crianças e professores considerando-os sujeitos produtores e produzidos em suas culturas advindas de seus cotidianos lúdicos. Em 2015, a Secretaria Municipal de Educação de Maceió – SEMED elegeu através das Orientações Curriculares para a Educação Infantil – OCEI/2015, campos de experiências para organizar o currículo da rede pública conforme DCNEI BRASIL Resolução CNE/CB 05/2009. Essa experiência pedagógica vem promovendo aprendizagens significativas para as crianças e professores considerando o repertório lúdico cultural infantil, enquanto, lócus rico em potencial para ampliarmos os saberes infantis e assegurarmos os direitos de aprendizagem e desenvolvimento das crianças. Nessa organização passamos a potencializar o interesse e interações das crianças, bem como, a compreensão dos “novos espaços, tempos e materiais” infantis. Desse modo, nossos parâmetros avaliativos voltaram-se para a interlocução das crianças durante a brincadeira escolhida, logo, para a observação, escuta sensível e registro acerca do que as crianças já sabem, na intencionalidade de problematizarmos as ações que se seguiram. Para fundamentar nossa discussão nos apoiamos na legislação que orienta a etapa da Educação Infantil na educação básica e em autores contemporâneos que tratam da temática em questão e subsidiam nossas discussões pedagógicas, pois, consideramos que, os brinquedos não estruturados, se definem pela espontaneidade infantil, com regras implícitas e, que merecem ser reconhecidas, enquanto saberes culturais formativos.