Este artigo apresenta um relato de experiência, acerca do uso do software Geogebra em
dispositivos móveis no estudo da interpretação gráfica da função quadrática, realizado com alunos de
uma turma do 1º ano do Ensino Médio de um Colégio do Estado do Rio de Janeiro. O smartphone foi
escolhido como recurso por oferecer a possibilidade de ser utilizado em qualquer lugar, além de ser
muito popular entre os adolescentes, e o Geogebra por possibilitar a visualização do gráfico de forma
dinâmica e simultânea com a representação algébrica. Essa visualização simultânea proporciona a
verificação das propriedades características da função quadrática em sua representação algébrica e
suas implicações na representação gráfica. O trabalho, de cunho experimental, integra uma pesquisa
de mestrado em andamento. Os aportes teóricos deste trabalho baseiam-se na Teoria das
Representações Semióticas, de Raymond Duval, nos estudos de Marcelo Bairral, sobre dispositivos
móveis na Educação Matemática e na sequência didática como prática educativa, segundo Zabala. Foi
motivado pela dificuldade recorrente apresentada pelos alunos em interpretar os gráficos da função
quadrática, dificuldade essa observada na prática de sala de aula e destacada por alguns autores. O
objetivo é analisar previamente as potencialidades do Geogebra em dispositivos móveis como um
recurso que pode vir a contribuir para a interpretação do gráfico da função quadrática. A metodologia
utilizada é de natureza qualitativa e de caráter exploratório. As atividades realizadas compõem
parcialmente uma sequência didática ainda em processo de finalização. Ficou evidente nos extratos
selecionados que, em algumas atividades propostas, os alunos encontraram dificuldades em interpretar
o gráfico da função quadrática e em reconhecer a solução algébrica nessa interpretação.