Nas últimas décadas, discussões sobre as práticas interdisciplinares têm marcado a rotina de planejamento das escolas brasileiras. Também denominado de movimento pró-interdisciplinaridade, essas discussões se contrapõem a um saber fragmentado, a um conformismo das situações e “ideias recebidas” de ensino-aprendizagem adquirido ou imposto historicamente pelos currículos nacionais (VEIGA-NETO, 1997). O currículo de língua portuguesa, em todos os níveis de ensino, não foge à regra e evidencia variados conflitos entre a especificidade de seu objeto e as novas tendências curriculares em vigor nas orientações curriculares nacionais (PCNs, 1998). Nesse contexto, este trabalho objetiva discutir o currículo de língua portuguesa do Ensino fundamental II, atentando para as práticas que nele se denominam interdisciplinares, a partir da análise de uma entrevista com um professor de língua portuguesa, supervisor do subprojeto PIBID-Letras UFCG, de uma escola pública da cidade de Campina Grande-PB.