O presente artigo faz uma reflexão sobre o discurso da competência relacional como característica essencial para relacionar-se no trabalho. Partiu-se da compreensão marxista de estranhamento, como complexo fundado no trabalho estranhado, responsável pela perda da compreensão da essência humana. Advoga-se o caráter desumanizador da sociabilidade hodierna, expressa pela necessidade de recuperação do que é genuinamente humano. O aporte metodológico apoia-se na ontologia marxiana, explicitada por Lukács (1978) e em Mészáros (2012), assim como, em autores que defendem a competência relacional. É de fundamental importância questionar o discurso-suporte das novas exigências do mundo do trabalho como resultado dos interesses da sociedade capitalista.