O ensino em universidades, principalmente nos cursos de engenharias, tem se mostrado muitas vezes ineficiente em relação ao treinamento do profissional que atua como educador. Como consequência, os professores que não possuem capacitação necessária para exercer a profissão acabam formando engenheiros com alguma deficiência de conhecimento imprescindível em sua área de atuação. As responsabilidades desenvolvidas pelos engenheiros enquanto sua profissão é exercida em campo industrial podem ser utilizadas no processo de ensino, porém nem sempre se demonstram adequadas já que não são de cunho pedagógico. O fato de a formação pedagógica ser considerada uma atividade acessória para os engenheiros que lecionam em universidades torna duvidosa a qualidade do ensino proposto, o que faz com que o escopo desse estudo seja traçar o perfil profissional desses profissionais e os impactos causados dentro da sala de aula. Investigando a necessidade ou não de formação pedagógica, esse artigo utiliza referências atuais que propõem algumas características que o docente deve adquirir para poder ministrar suas aulas de maneira que os discentes possam ter entendimento claro da disciplina, discutindo também a realidade exigida pela legislação vigente no Brasil e requisitos em editais de concursos públicos. Com o uso de metodologia qualitativa, a equipe de docentes do Curso de Engenharia de Produção da Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Ponta Grossa (UTFPR – PG) foram entrevistados através de um questionário desenvolvido especificamente para esse trabalho, de maneira individual e sem revelar sua identidade, para verificar-se o predomínio de formação pedagógica, o perfil dos professores desse curso, suas trajetórias profissionais e sua satisfação quanto à profissão de docente do ensino superior.