O presente artigo propõe apresentar uma experiência com alunos surdos e ouvintes do ensino fundamental. O objetivo é sensibilizar alunos, professores, intérprete de LIBRAS e integrantes do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) sobre a importância do respeito ao próximo, divulgar a LIBRAS como Língua oficial da comunidade surda e promover aceitação da pessoa com deficiência no ambiente escolar. Como metodologia para elaboração desse artigo baseou-se em leis que amparam os surdos, e utilizou-se uma experiência vivenciada pelos alunos do PIBID, tradutor/interprete de LIBRAS, professora de ciências, alunos surdos e ouvintes. Participando de uma aula invertida, ou seja, toda ministrada em LIBRAS, em turmas do 6º ao 9º ano do ensino fundamental em uma escola da rede pública de ensino, sendo que a única forma permitida de comunicação durante a aula seria a LIBRAS que deveria ser aplicada em todos os momentos, como: exposição do conteúdo, solicitação do aluno ouvinte para ir ao banheiro u beber água e outras situações que por ventura pudessem surgir, ficando terminantemente proibido o uso da Língua Portuguesa durante a experiência, levando-os a imersão na cultura surda,. As leituras realizadas e a vivência em sala de aula mostram que embora a legislação vigente ampare o acesso da pessoa com deficiência no ensino regular ela não garante a permanência nem tão pouco a oferta de uma educação de qualidade a esse público. Em geral, e apesar da aflição dos alunos ouvintes de não entendermos o que estava acontecendo, foi uma experiência ímpar, muito válida e prazerosa, nos possibilitando um crescimento intelectual e empírico que normalmente não se aprende na graduação, e que essa inserção na “vida real” muda a maneira de como vemos as coisas. Experiências ricas como essa nos mostra a importância do conhecimento acerca da LIBRAS, principalmente e impreterivelmente em um ambiente inclusivo, onde a presença do tradutor/intérprete de LIBRAS é indiscutivelmente.