O silêncio e a negligência das temáticas ligadas a sexualidades ainda imperam no contexto educacional causando conflitos psicológicos nos (as) educandos (as) que não se enquadram na heretonormatividade. Este artigo objetiva apresentar uma experiência didático-pedagógica de construção de um memorial de formação no curso de pedagogia de uma IES soteropolitana. Para tanto pautou-se nas Histórias de Vida (NÓVOA; PINEAU, 1998; JOSSO, 1988; 2004; SOUZA, 2006) e (auto) biografia. O memorial trabalhado ilustra que mesmo sendo um texto de caráter institucional e avaliativo, injuntivo, portanto, não perde o caráter de “arte formadora da existência”, dispositivo de/para o (auto) conhecimento, elegendo o prazer para e na feitura do mesmo. A narrativa eleita é uma forma de contar para fortalecer o que se é e que se deseja ser. Sinaliza, ainda, que é sempre o autor que elege o que contar e o que silenciar, publicizando uma “figura de si” (PASSEGGI, 2008).