Neste artigo, temos como objetivo principal refletir sobre pontos primordiais relacionados à importância da consciência fonológica para o processo de ensino-aprendizagem de uma segunda língua (L2), enfatizando que a consciência fonológica e o processo de aquisição de L2 são dois processos indissociáveis e que atuam em favor do aprendiz que está em processo de maturação de um novo sistema linguístico, além de salientar os aspectos que serão mais relevantes nesse processo, sobretudo, à luz da Sociolinguística Variacionista, bem como apresentar parte dos trabalhos desenvolvidos nesta perspectiva. Neste panorama, buscamos ainda destacar a relevância da atuação do professor em despertar o aprendiz, de modo que ele perceba determinadas particularidades de ambos os sistemas linguísticos e reconheça os obstáculos existentes neste processo, configurando-se, portanto, como peça fundamental na aprendizagem de uma L2. Para tanto, procedemos uma pesquisa de caráter teórico-metodológico a fim de ecoarmos as vozes de autores como Alves (2009) e Littlewood (1984) os quais tecem uma breve reflexão sobre a consciência fonológica e os mecanismos de manipulação e ensino que permeiam esse processo e permitem que o falante da L2 possa operar sobre o novo código linguístico que está sendo estruturado em sua mente. Nos utilizamos, ainda, dos conceitos de Collischonn (2003), Labov (2006 [1968]), Tarone (2007), Schneider (2009) e Lucena & Alves (2009; 2010) para discutir sobre questões acerca da Sociolinguística Variacionista e sua aplicação em estudos envolvendo o processo de aquisição de L2, ressaltando a relação entre as variáveis sociais e as características de produção da língua ou interlíngua do aprendiz. Para finalizar, serão expostas as considerações finais, seguidas das referências bibliográficas.