O presente trabalho traz resultados parciais de pesquisa do projeto Prolicen da UFPB intitulado “Ver-Julgar-Agir: a trilha ecológica como recurso pedagógico para a educação ambiental”. Tem por objetivo refletir a percepção dos estudantes do ensino médio acerca da Reserva da Mata do Pau Ferro e sobre as questões ambientais, por meio de diagnóstico inicial, antes de participarem das trilhas ecológicas existentes no Parque Estadual Mata do Pau-Ferro, localizado em Areia-PB. A trilha interpretativa como recurso pedagógico e forma privilegiada para a educação ambiental de jovens estudantes do Ensino Médio do mesmo município, a partir do método pedagógico do ver-julgar-agir, i.e., percepção do ambiente (ver), percepção do impacto ambiental (julgar) e percepção da sensibilização ambiental (agir). Nesse sentido, a trilha ecológica – interpretativa ou temática –e outros recursos didáticos, proporcionarão uma tomada de consciência das questões ambientais, por parte dos seus integrantes. Para isso, dialoga-se com autores como LEFF (1999), HAMMES e CORRALES (2004), HAMMES (2004) e BARCELOS (2010), cuja abordagem teórico-metodológica norteará este trabalho que visa preencher uma lacuna acadêmica e escolar, aproximando estudantes dos cursos de Licenciatura da UFPB, Campus II (Ciências Biológicas), com os estudantes do Ensino Médio, bem como religando esse nível de ensino com os exemplos reais do cotidiano dos alunos, para através dele construir uma visão ambiental universal, sensibilizando alunos e alunas para aspectos ambientais locais e mundiais. Os resultados do diagnóstico inicial realizado em duas escolas estaduais do município de Areia-PB, apontam que a Reserva da Mata do Pau Ferro não foi devidamente ainda apropriada pela comunidade, bem como os estudantes tem concepções vagas e fragmentárias da importância das matas e das questões ambientais. Além disso, foi possível perceber que prevalece uma visão das matas e da natureza como fornecedora de saúde, oxigênio chuva e recursos econômicos para o ser humano, bem como os estudantes abordados desconhecem as peculiaridades do brejo de altitude.