Este trabalho é proveniente da pesquisa de iniciação científica-PIBIC/CNPq, que versa sobre a representação da Negra e da Índia nos livros de História, Geografia e Sociologia do Ensino Médio, aprovados pelo PNLD-2015. Este estudo vem sendo desenvolvido no Centro Acadêmico do Agreste, no Núcleo de Formação Docente, na Universidade Federal de Pernambuco. Dessa forma partimos dos seguintes pressupostos vistos pela: a) compreensão dos livros didáticos como textos curriculares, b) da ideia de que o sentido da Negra e da Indígena nos livros didáticos está nos lugares e não-lugares e papeis e os não-papeis que lhes destinam, e c) sobre a compreensão de que os lugares e não-lugares e papéis e não-papéis da Negra e da Indígena nos livros didáticos representa os silenciamentos impostos pelos grupos hegemônicos e os gritos decoloniais dos movimentos negros e indígenas ao longo de nossa história. Apresentamos como objetivo geral: compreender o sentido atribuído a Negra e a Indígena nos Livros Didáticos de História, Geografia e Sociologia do Ensino Médio do PNLD-2015. Apontamos como objetivos específicos: a) identificar e caracterizar os lugares e os papéis da Negra e da Indígena presentes nos livros didáticos em questão; b) verificar e classificar os não lugares e os não papeis da negra e da indígena presente nos livros didáticos; c) relacionar lugares-papéis com os não lugares papeis na construção dos sentidos atribuídos a Negra e a Indígena nos livros didáticos em questão. A Abordagem Teórica centra-se nos Estudos Pós-coloniais Latino-americanos que colocam em questão os modelos teóricos eurocêntricos e suas metanarrativas, principalmente no que se referem à discussão da Cultura Negra e da Indígena. A técnica de análise é Análise de Conteúdo via Análise Temática. Os resultados apontam um quantitativo total de 30 imagens referentes à Mulher Negra e Indígena, sendo 24 que representam a Mulher Negra e 6 que representam a Mulher Indígena uma vez que os lugares e os papéis da Cultura Negra e da Indígena presente nos livros didáticos se constituem na perspectiva de tensão em relação da Colonialidade e da Decolonialidade.