Neste estudo pretendemos empreender uma reflexão de que a concepção de Educação do Campo proposta pelas Diretrizes Operacionais para Educação Básica nas Escolas do Campo vai além da concepção de educação rural que se tinha, a saber, uma educação que considerava apenas a dimensão econômica. Ressaltamos que a nova concepção abrange a emancipação humana, o atendimento as especificidades do campo, levando em consideração aspectos da cultura campesina, da identidade dos sujeitos em questão, das relações socioambientais, do exercício da mística e também das organizações políticas. Partimos do pressuposto de que toda mística tem como sentido último a libertação das pessoas e que enquanto ação pedagógica pode atuar no enfrentamento de muitas questões vivenciadas no cotidiano. A análise empreendida neste estudo, parte de uma perspectiva de que o homem é o ser que cria símbolos para mediatizar suas relações com o mundo; assim buscamos compreender as questões que envolvem a educação do campo e identificar o imaginário social presente nos símbolos utilizados na mística realizada pelo MST. Para um aproveitamento significativo e chegarmos ao objetivo proposto, selecionamos a pesquisa descritiva, com abordagem qualitativa e bibliográfica. Tal investigação observa, registra, analisa e correlaciona fatos sem manipulá-los, e objetiva recolher, analisar e interpretar as contribuições teóricas já existentes diante de um determinado fato, assunto ou ideia. Designamos para este artigo a análise da bandeira de luta de tal movimento, a qual consiste no símbolo que circunda uma ideologia constituindo a mística do Movimento. Como resultado do nosso estudo foi possível descrever sobre a mística enquanto espiritualidade que liberta; bem como identificar o imaginário social presente no qual se insere a mística enquanto ação pedagógica no MST, que ensina e dá forças para que os sem-terra possam construir demandas e bandeiras de luta.